A República de Angola – representada pela ZÉNITE, equipa do Instituto de Tecnologia de Informação e Comunicação (INSTIC) integrada pelos estudantes Elísio Pataca, Délcio de Almeida e Pedro Lunguieki – ocupou o terceiro lugar na 40ª final Internacional do Global Management Challenge (GMC) 2022, a maior competição mundial de estratégia e gestão, que decorreu pela primeira em África, concretamente na capital angolana, Luanda.
O anúncio foi feito nesta Quarta-feira, 27, pelo presidente da SDG Portugal – simuladores e modelos de gestão, João Matoso Henriques, durante a gala de premiação da competição vencida pela China, representada por uma equipa composta por dois estudantes da faculdade de Agricultura da South China Agricultural University (universidade pública provincial em Guangzhou), Darang Liu e Junhao Ye, sendo que a Rússia ocupou a segunda posição.
Em declarações à FORBES ÁFRICA LUSÓFONA, o porta-voz da equipa angolana, Pedro Lungueki, admitiu que a competição foi “bastante difícil”, principalmente com a China e a Rússia, que considera “bons gestores de empresas”. “Mas o objectivo é apresentar a Angola e ao Mundo o conhecimento que adquirimos aqui no que diz respeito à gestão de empresas, porque esse simulador aproxima-se à realidade”, afirmou.
Lungueki referiu ainda que a meta era vencer a competição e ressaltou que em nenhum momento houve facilidades. “Vimos os resultados e nenhuma equipa conseguiu lucrar, inclusive a equipa vencedora. Sendo a primeira equipa africana a chegar até a final, já é um bom passo para o futuro”, reforçou.
Na opinião do economista angolano e membro do júri, Carlos Rosado de Carvalho, a 40ª final Internacional do Global Management Challenge 2022 “correu muito bem”, tendo realçado o “bom” nível de organização. “É motivo de orgulho para todos nós a classificação que estes jovens obtiveram em um concurso com uma série de países muito mais desenvolvidos que o nosso, com sistema de educação muito mais avançado do que o nosso. Espero que este lugar sirva de inspiração para outros jovens angolanos e que nas próximas edições do GMC haja mais participação”, destacou.
Questionado sobre o aproveitamento dos jovens angolanos, Carlos Rosado de Carvalho informou que os três jovens já terão sido contratados por uma empresa de auditoria e consultoria.
Por sua vez, o director de Operações da Soik Investments, João Pereira, fez um “balanço positivo” do evento, que decorreu de 25 a 27 do mês em curso. “A nossa preocupação foi realizar uma competição brilhante, bem organizado. Queremos mostrar a todos os participantes uma Angola com olhos postos no futuro, um país onde se pode estar e viver. Para além disso, queremos que os participantes sejam verdadeiros embaixadores de Angola nos seus países”, frisou.
De acordo com João Pereira, os jovens que participam no GMC “tem uma oportunidade única” para expandir a sua rede de contactos, aprimorar habilidades de gestão e obter uma perspectiva global dos negócios.
O responsável voltou a clarificar que diferente da competição nacional, nesta internacional a organização não vai atribuir prémios monetários a equipa vencedora, mas sim prestígio do título mundial.
Já o presidente da SDG Portugal, João Matoso Henriques, explicou que a missão do GMC é espalhar a literacia e as práticas da gestão pelo maior número de pessoas e região no mundo, proporcionando uma plataforma que garante igualdade de oportunidade a todos participantes, independentemente dos aspectos políticos, económicos ou religiosos.
“No final de tudo, o GMC é uma plataforma digital de formação que aproxima o mundo académico do mundo empresarial e que ajuda a desenvolver as competências de todos os participantes. É muito tempo a desenvolver esta plataforma em Angola e o nosso objectivo é que cada vez mais haja GMC e pessoas a participar, seja das universidades, seja das empresas para que se crie um networking global para que as sinergias possam acontecer”, perspectivou.
O Global Management Challenge (GMC) foi fundado em Portugal pela SDG – simuladores e modelos de gestão e pelo Jornal EXPRESSO, tendo alcançado, tornando-se, ao longo dos anos, num evento de elevada notoriedade e visibilidade, prestigiando as organizações que nele participam.
Fonte: www.forbesafricalusofona.com