China foi o Grande Vencedor da Final Internacional do Global Management Challenge

A capital de Angola, Luanda, acolheu na última semana de setembro a final internacional da edição de 2022 do Global Management Challenge.
A equipa da China, formada por dois estudantes, um de Contabilidade e outro de Finanças, sagrou-se vencedora deste evento, que reuniu 15 países. A equipa nacional não passou da semifinal, tendo ficado afastada dos seis lugares cimeiros. A final internacional decorreu entre os dias 26 e 27, reuniu os vencedores dos países onde esta prova se desenrola e realiza-se sempre no ano seguinte à edição a que respeita. Em Angola estiveram a competir pelo título de campeão 15 países, sendo que oito o fizeram presencialmente e sete online, tendo um deles, o Benim, sido desclassificado no início deste processo. Este evento internacional está organizado  numa semifinal e numa finalíssima. Na semifinal, realizada a 26, os países foram organizados de forma aleatória em três grupos. No azul competiram os Camarões, Índia, Espanha e Angola. No verde, a China, Rússia, Brasil e Portugal, ambos presencialmente.

O terceiro, vermelho, online, englobou o Equador, Macau, Estónia, Geórgia, Togo e Uzbequistão, estreante. Na semifinal as equipas tiveram de realizar cinco tomadas de decisão de gestão e apenas duas de cada grupo, as que obtiveram o melhor desempenho, passaram à finalíssima, que se realizou no dia seguinte, 27. Nesta etapa final competiram a Rússia, China, Uzbequistão,
Geórgia, Índia e Angola. Depois de cinco tomadas de decisão de estratégia e gestão, a China sagrou-se vencedora, tendo obtido o melhor desempenho, feito que não conseguia desde a edição de 2005.

Após o anúncio da vitória, era notória a alegria dos participantes chineses. Darong Liu, da equipa, afirmou estar muito contente com o resultado. “Nesta competição conseguimos perceber os diferentes aspetos de uma empresa”, explicou no seu parco inglês. Repetente na prova no seu país, afirmou que esta participação “vai ser útil para a minha carreira e desenvolvimento profissional”. Quanto à estratégia que levou à vitória, apenas referiu que o segredo assentou em trabalhar e fazer muitas simulações antes de competir.
A China, na semifinal, integrou o grupo verde, do qual Portugal também fez parte. A equipa nacional não se qualificou para a finalíssima. No primeiro dia tiveram como cenário uma startup que, na opinião de Tomás Baptista, é “mais fácil e temos mais oportunidades de dar azo à nossa criatividade”. O trabalho árduo da equipa portuguesa, formada por cinco estudantes, não foi suficiente para suplantar a China e a Rússia. Élio Fernandes, na semifinal, dizia mesmo que estas eram as adversárias mais fortes do grupo verde. Gonçalo Roque confessou na gala de entrega de pré mios que “não foi o resultado pretendido, foi um grupo difícil, que nos dificultou muito a vida. Gostámos bastante desta viagem a Luanda e aproveitámos para aprofundar um pouco mais os nossos conhecimentos de gestão”. Quanto ao que correu mal, contaram que apanharam uma recessão e perderam caminho. “Foi uma aprendizagem saber lidar com este tipo de adversidades”, finalizou Gonçalo Roque. Também do grupo verde saiu a segunda classificada, a Rússia, que competiu com quadros. “É uma experiência única.

Aprendemos planeamento estratégico e gestão do stresse”, afirmou Alexander Demenko, chefe dos russos, durante a final. Já do grupo azul saiu a terceira classificada, a anfitriã, que pela primeira vez chegou a uma finalíssima. Pedro Lunguieki, líder desta equipa de estudantes, afirmava, na semifinal, que sentiam a responsabilidade de alcançar um bom resultado. Deste desafio levam “a conciliação da parte académica com a prática”. A seguir a Angola ficou a Geórgia, país campeão na edição de 2021 e que agora ficou em quarto. Dea Beria, chefe desta formação mista (com estudantes e quadros), revelou que “foi uma experiência inesquecível, que nos permitiu testar a nossa força e competir com as melhores do mundo”. Os conhecimentos
adquiridos serão usados, revelou, para evitar no futuro os erros cometidos no mundo virtual. Em quinto ficou o Uzbequistão. “A responsabilidade de representar o país pela primeira vez foi grande e focámo-nos em ter o melhor desempenho. Penso que tivemos sucesso, já que o quinto lugar de 15 países não é um mau resultado”, comentou Igor Gusev, líder desta equipa mista.

Por último ficou a Índia, com a sexta posição. Também Harshit Pratap, líder desta formação de quadros, explicou que deram o seu melhor. Foco no trabalho de equipa Além de Portugal, houve outros países que não passaram da semifinal, como o Brasil, Camarões, Espanha, Equador, Togo, Macau e Estónia. Mesmo assim, os participantes valorizaram esta experiência, que é para muitos estudantes e quadros uma oportunidade para testar conhecimentos e saber mais sobre gestão. No Global Management Challenge “aprendemos a gerir uma empresa e a perceber como todas as partes estão ligadas e que é necessário trabalhar em equipa”, referiu Marcos Lahoz, da equipa de estudantes espanhola. Nicholas Gama, da formação de estudantes brasileira,
comentou que “a importância do planeamento de longo prazo e a visão holística de uma empresa” é o que leva desta prova. Luana de Araújo, sua colega, destacou a multiculturalidade. Kevin Bissaya, chefe da formação de quadros dos Camarões, vincou que neste desafio aprendem-se “várias coisas ao nível da gestão de uma empresa, como contabilidade, finanças e gestão de pessoas”. Para Macau, e segundo o líder desta equipa de estudantes, Guo Tianyi, “aqui olhamos de forma holística para as decisões que se fazem e é um teste à nossa capacidade de reagir e trabalhar em equipa”. Segundo Sanni Kokou, chefe da equipa de estudantes do Togo, “foi um orgulho competir a este nível. Aprendemos mais sobre o espírito de equipa, obtivemos conhecimentos de gestão e estratégia e como lidar com a pressão”. Kati Kukk, da formação de quadros da Estónia, referiu que “participar na final internacio nal deu-nos mais coragem para tomar decisões estratégicas e correr riscos, e na vida profissional podemos usar os conhecimentos adquiridos”. A equipa de estudantes do Equador evidenciou as dificuldades que tiveram ao competir online, num fuso horário diferente. Quanto ao que daqui retiraram, Mireya Maldonado, o seu líder, referiu “a importância da comunicação e entendimento entre os membros de uma equipa para a tomada de decisão”.

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